"Eclipse" tem uma receita simples. Coloque dois jovens galãs do momento, acrescente uma corajosa e bela mocinha, misture com cenas de ação e romance e, para finalizar, tempere com uma plateia repleta de adolescentes do sexo feminino. Não precisa nem ir ao forno. O resultado imediato são muitos, mas muitos gritos. Foi assim que “Eclipse”, terceiro filme da série “Crepúsculo”, estreou na madrugada de quarta-feira (as sessões começaram por volta de meia-noite). A gritaria se justifica pelo número de vozes: só na rede Cinemark, foram vendidos mais de 92 mil ingressos em todo os país.
No Norte Shopping, as filas alcançavam o pátio central. Para garantir o melhor lugar, Bárbara Garofalo, de 14 anos, chegou às 15h com as amigas.
— Fiz o mesmo nos outros dois filmes. E grito muito na hora!
Logo atrás na fila estavam as primas Gisele, de 22 anos, e Camila Saldanha, de 19. A mãe de Gisele, Grayce, assume a paixão pelo vampiro Edward (Robert Pattinson):
— Meu marido tem ciúme, mas eu não posso fazer nada. A foto do Edward fica ao meu lado na cama.
Quem é o mais bonito? Jacob (Taylor Lautner) ou Edward? Divididas, elas só conseguiam gritar. E tanto barulho, no fim das contas, justificou-se, já que os fãs gostaram e muito do longa.
— Foi o melhor da série, da mesma maneira que o livro também foi o melhor. Acho que o quarto filme vai acabar sendo ruim — prevê o estudante Wellington Martins.
De que “Eclipse” é o melhor filme da saga “Crepúsculo” quase ninguém duvida. O triângulo amoroso entre Bella (Kristen Stewart), o vampiro Edward e o lobisomem Jacob — quase sempre pendendo para o lobo — prende a atenção e desperta suspiros e muitas risadas. O que ainda compromete o resultado final são as discussões de relacionamento intermináveis entre os personagens apaixonados. Mas fã que é fã dá o desconto, e tem toda a paciência do mundo.
O filme é, inegavelmente, do lobisomem Jacob, que mostra com paixão seus sentimentos por Bella. Aqui, um certo exagero nas aparições do ator Taylor Lautner sem camisa. Embora ele seja o queridinho de muitos e tenha chamado para si toda a atenção, os destaques de atuação vão para dois coadjuvantes: a atriz Ashley Greene (a vampira Alice) e Billy Burke (Charlie, o pai de Bella). Ela demonstrou com fidelidade toda a beleza e a sagacidade da vampira, irmã predileta de Edward. E ele fez todo mundo rir com os cuidados paternais — completamente desajeitados — do chefe de polícia de Forks, pai de Bella.
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